As recentes alterações na política de moderação da Meta, anunciadas por Mark Zuckerberg, geraram alarme entre as autoridades brasileiras. O governo se manifestou preocupado com o potencial aumento da desinformação e discursos discriminatórios nas plataformas Facebook, Instagram e Threads. Em resposta, a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou a empresa, exigindo esclarecimentos em um prazo de 72 horas.
Mudanças na moderação levantam preocupações
A nova abordagem da Meta, que inclui a substituição da checagem de fatos por “notas da comunidade”, acendeu um sinal de alerta. Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, expressou suas inquietações, destacando como essa mudança pode afetar a sociedade brasileira.
“Isso impacta de forma muito grande a sociedade brasileira. Impacta nas crianças, quando se fala de conteúdo impróprio e de tráfico de crianças. Impacta na segurança pública, quando se trata de informações que dizem respeito à segurança das pessoas, à prática criminosa”, afirmou Costa.
A necessidade de controle de conteúdo nas redes sociais
O governo federal está especialmente preocupado com as implicações dessa nova política em relação à proteção de grupos vulneráveis e na prevenção de discursos de ódio. Em sua notificação, a AGU pediu que a Meta detalhasse as medidas que estão sendo implementadas para proteger a população, incluindo:
- Coibição de violência de gênero
- Proteção de crianças e adolescentes
- Prevenção contra racismo e homofobia
- Combate ao suicídio e discursos de ódio
A resposta da Meta e possíveis repercussões
Zuckerberg, em seu anúncio, sugeriu que as novas diretrizes poderiam resultar em uma abordagem menos rigorosa em relação à moderação de conteúdo. Esse movimento também levanta questões sobre a influência política da Meta, especialmente em um contexto onde a administração de Donald Trump pode ter um papel significativo na direção que a empresa tomará.
A situação se desenrola em um cenário de crescente tensão entre a Meta e o governo brasileiro, que busca garantir que as redes sociais operem de forma responsável. À medida que o prazo para a resposta se aproxima, as expectativas aumentam sobre como a Meta irá lidar com essas questões críticas, que têm implicações diretas para a soberania nacional e a segurança da informação no Brasil.